Tecer e empoderar: as entrelinhas do saber-fazer do crochê de um grupo de mulheres artesãs
DOI:
https://doi.org/10.20435/multi.v21i59.2704Palabras clave:
saber-fazer, patrimônio imaterial, artesão, crochê, artesanatoResumen
A presente pesquisa abordou o ofício do crochê e os valores relacionados ao saber-fazer do artífice, focalizando o trabalho de mulheres crocheteiras da região Sul do Estado de Minas Gerais, Brasil, pelo viés do patrimônio imaterial, estabelecendo interdisciplinaridade entre patrimônio, arte, artesanato e moda. Partiu-se do princípio de que a valorização do saber-fazer de uma comunidade contribui para a permanência da tradição, para a construção da identidade, da afirmação do sujeito e da cultura, bem como para a valorização do produto advindo do ofício. Investigou-se, por meio de uma abordagem de pesquisa-ação e de entrevistas semiestruturadas, de que maneira o saber-fazer pode valorizar um grupo de mulheres artesãs do Sul de Minas. Os resultados obtidos remetem à importância do encontro entre essas mulheres, favorecendo a troca de saberes e a permanência da tradição, e também revelam aspectos econômicos relacionados à geração de renda advinda da comercialização da produção artesanal.
Citas
BARBOSA, Vera Lúcia Ermida. Mulher e artesanato: as artesãs do povoado do Bichinho/Prados-MG. 2014. Dissertação (Mestrado em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.
BRASIL. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Programa do Artesanato Brasileiro. Base Conceitual do Artesanato Brasileiro. Brasília, 2012.
CANCLINI, Néstor Garcia. Las culturas populares en el capitalismo. 4. ed. México: Nueva Imagen, 1989.
CASTRIOTA, Leonardo Barci. Patrimônio cultural: conceitos, políticas, instrumentos. São Paulo: Annablume; Belo Horizonte: IEDS, 2009.
FACHONE, Savana Leão. Design e artesanato: o sentido do fazer manual na contemporaneidade. 2012. Dissertação (Mestrado em Design) - Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, 2012.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 10. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2005.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD). Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/pesquisa_resultados.php?id_pesquisa=149. Acesso em: abr. 2017.
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL (IPHAN) – Patrimônio cultural: para saber mais. 3. ed. Brasília, DF: Iphan, mar. 2012.
KELLER, Paulo F. O artesão e a economia do artesanato na sociedade contemporânea. Política & Trabalho. Revista de Ciências Sociais, João Pessoa, PB, n. 41, p. 323-47, out. 2014.
LEÓN, Magdalena. El empoderamiento de las mujeres: encuentro del primer y tercer mundo en los estúdios de género. La Ventana, v. 2, n. 13, p. 94-106, 2001.
MARTINS, Saul. Folclore: teoria e método. Belo Horizonte: Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, 1986.
MARTINS, Saul. Contribuição ao estudo científico do artesanato. Belo Horizonte: Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, 1973.
QUIVY, Raymond; CAMPENHOUDT, Luc Van. Manual de investigação em ciências sociais − trajectos 17. 4. ed. Lisboa: Gradiva, 2005.
REVISTA MÃOS DE OURO. Enciclopédia semanal de trabalhos manuais femininos. São Paulo: Abril Cultural, 1967.
SENNETT, Richard. O artífice. 5. ed. Rio de Janeiro: Record, 2015.
SILVA, Márcia Alves; EGGERT, Edla. Descosturar o doméstico e a “madresposa” − a busca da autonomia por meio do trabalho manual. In: EGGERT, Edla (Org.). Processos educativos no fazer artesanal de mulheres do Rio Grande do Sul. 1. ed. Santa Cruz do Sul, RS: EDUNISC, 2011. p. 39-57.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 18. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os artigos publicados na Revista Multitemas têm acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que o trabalho original seja corretamente citado.
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.